sexta-feira, agosto 11, 2006

Café Cheio

"Ouço conversas anónimas por entre a monotonia quente do espaço que me envolve. Sinto na boca o sabor do café, e na mente o brilho da água de nascente, e das multidões que inconscientemente alegram e enriquecem o meu dia, contando em tom de verdade a ficção das suas vidas tão preenchidas, tão felizes. Outras gentes espelham a sua personalidade nas qualidades do café, e perpetuam a sua própria pseudo-ficção em letras de fumo.
Eu tomo café comprido, em chávena fria (não arrefecida), e sempre acompanhado de um copo de água: sou impulsiva, mas idealista.A senhora ao meu lado gosta dele curto, bem curto!Mostra-me um quê de irreverência e um egoísmo social notável. O senhor pede meia-de-leite, claro que ainda tem sonhos!"
(JDurães, in passado)